Humildade e Justificação

Hoje começa o período preparatório da Grande Quaresma denominado Triodion. Este período é composto por três domingos e uma semana preliminar de jejum parcial que culmina com o Domingo do Perdão.

O primeiro domingo desta preparação quaresmal é precisamente o “Domingo do fariseu e o Publicano”. Logo em seguida é o do Filho Pródigo e o terceiro é chamado de “Domingo do Juízo Final”.

Convém destacar que este costume de se vivenciara pré-quaresma se introduziu na Igreja de forma generalizada a partir do século X. Durante este tempo convida-se os fiéis são à prática da oração, do arrependimento e do Santo Temor de Deus.

Na verdade, este tempo é muito propício para empreender um maior esforço em dispor o corpo e a alma para a prática das virtudes. Por isso, por meio do relato acerca do fariseu e do publicano que sobem ao templo para orar, o Evangelho de hoje nos mostra claramente o caminho correto para nos aproximar de Deus; para estabelecer com Ele uma relação amistosa e obter d’Ele resposta às demandas que Lhe fazemos.

O fariseu começa sua oração enunciando toadas as suas virtudes e enaltecendo a si próprio:

“Eu não sou como todos os homens, avarentos, injustos, adúlteros, nem tão pouco como este publicano”.

Com isto ele quer dizer que não é um pecador, mas um praticante de boas obras: jejua e dá o dízimo. Que necessidade

teria ele da misericórdia de Deus? Na verdade nenhuma: ele, o fariseu, se compraz em si mesmo, está plenamente satisfeito com suas ações e até de se orgulha delas. Por isto não pede misericórdia, mas, sem dúvida, espera que se lhe reconheçam os méritos e sua justiça própria. Que arrogância e que cegueira!

Arrogância, porque, em vez de clamar: “Eu te louvo meu Deus de todo o meu coração e glorificarei para sempre Teu Nome” (Salmo 86), ele prefere louvar a si mesmo e até parabenizar-se.

Cego, porque, não consegue ver que em seu coração não há lugar para Deus por ele já está ocupado pelo egoísmo, a soberba, a ingratidão e o menosprezo pelos outros.

Quão oposta é à disposição da alma do publicano: ele se humilha, reconhece seus pecados e pede misericórdia. Está insatisfeito consigo mesmo e descontente com suas obras, por isto se curva e as confessa. Deseja interiormente mudar suas atitudes exteriores. Quer voltar-se para Deus e abandonar sua vida de pecados. Está arrependido. É pobre de

espírito.

Os Pais do Deserto sintetizam todo isto em um Apotegma[1]:

“É melhor um pecador que reconhece suas faltas e se arrepende, do que alguém que não pecou e se tenha por justo”.

Não tenhamos a nós mesmo por justo e nem desprezemos os outros. Mas, clamemos com o publicano: “Ó Deus, sê propício a mim pecador”, para que o Senhor nos torne partícipes de Sua justiça.


[1] Provérbio, sentença de sabedoria.

O jornalista André Guilherme e a meteorologista Aline Ribeiro entrevistam o professor da Universidade Federal de Alagoas, Luiz Carlos Molion. Segundo o estudioso o clima não está aquecendo, ele afirma que próximos 20 anos serão de resfriamento do planeta. O cientista brasileiro contesta radicalmente todas as teses da Conferência de Copenhangue sobre a nocividade climática do gás carbônico, refuta a tese do aumento do nível do mar e etc, além de analisar as causas das tragédias naturais. Veja toda a entrevista em vídeo. Confira!